A Criança é o futuro!

A Criança é o futuro
Amílcar Del Chiaro Filho


Vivemos num mundo globalizado onde o egoísmo alcança níveis insuportáveis. Para muitos é a luta para a sobrevivência, pois perderam emprego e esperanças. Mas, as nossas esperanças de um mundo melhor precisam estar bem alicerçadas, para que o edifício da fraternidade seja sólido e firme.

Este alicerce deverá ser a educação. Porém não apenas a instrução, mas também a educação moral, e de uma moral praticada, vivida, valorizada.

A maioria das pessoas acreditam que as nossas esperanças de construir esse mundo novo está na criança. Todos concordam que a criança é o futuro. Mas não haverá futuro se não cuidarmos delas agora. Não é possível adiar por mais tempo as medidas necessária de apoio e amparo à criança.

Como podemos esperar que os futuros cidadãos sejam bons e fraternos se descuramos do seu presente? Não podemos permitir que muitas delas continuem sendo aviltadas, exploradas em trabalhos duros, que as impedem de freqüentar a escola, ou sejam prostituídas.

A esperança da paz está na criança. Mas como ela será pacífica se é induzida à violência pela televisão, histórias em quadrinhos e pelos brinquedos em forma de armas ou mesmo por conviver com a violência no lar ou nas ruas? Qual é a paz das crianças que tem que sobreviver nas guerras das ruas, dos traficantes, da prostituição e nas guerras verdadeiras, em tantos países do mundo, onde elas são as maiores vítimas das minas que quando não lhes roubam a vida, estraçalha-lhes as pernas?

O mundo precisa saber que existem milhares de crianças e adolescentes lutando em revoluções e guerrilhas em várias partes do planeta. Permitir isto é confiá-las ao mal, é roubar-lhes as esperanças. Se já é triste ver adultos se estraçalhando em guerras, mais triste, ainda, é ver essas crianças portando armas realmente assassinas.

Toda criança é um apelo mudo ao universo adulto. Elas nascem com uma mensagem de Deus, que precisamos decodificar.

Embora tenhamos esboçado esse quadro contristador, temos, não esperanças, mas a certeza, de que este mundo novo será uma realidade, e tão mais rápida quantos mais esforços fizermos para construí-lo.

Em nome das crianças do mundo suplicamos amor. Não apenas afagos e carícias, brinquedos e viagens, mas também a luz do entendimento, a educação, bons exemplos, palavras amigas, bondade. Não façamos delas estatuetas para exibir aos parentes e amigos. Toda criança é bela, pois não existem crianças feias.

A criança chega ao mundo completamente dependente. Se a mãe não colocar o peito em sua boquinha ela perece de fome. Mas ela vem em nome de Deus para aprender com os adultos, especialmente os pais e avós, a humildade, o devotamento, o amor ao trabalho, o perdão e a fé.


 Como espíritas e reencarnacionistas, sabemos que a forma infantil guarda um espírito adulto, que já tem armazenado um grande patrimônio de coisas boa e ruins. Muita coisa fica registrado no íntimo do espíritos e se manifesta como tendências e vocações. Observar essas tendências e corrigir as ruins é um dos maiores deveres dos pais e educadores, assim como estimular os bons impulsos. Os pais tem, do zero aos sete anos, um campo fértil para semear o amor, o respeito, a bondade, estimular a criatividade e já dar noções de cidadania. Dos 7 aos 14 essa facilidade vai diminuindo, e dizem os especialistas que após os 14 anos somente a dor terá forças para corrigi-los.


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